MARTA AGE NO SENADO E ATRAI ARTISTAS PARA DILMA
Senado aprova PEC da Música por 61 votos a 4, com isenção de impostos para CDs e DVDs de artistas nacionais; ministra da Cultura fez andar projeto que estava parado desde 2007; "Minha experiência no Senado ajudou", comemorou Marta Suplicy; há dois meses, ela levou Roberto Carlos e Caetano Veloso a Dilma, para referendar mudanças no Ecad; agora, cerca-se de Marisa Monte e Lenine, além da influente Paula Lavigne, em apoio à desoneração; Chico Buarque, o primeirão a aderir, está entre amigos
Em duas tacadas seguidas, resgatando para aprovação projetos que estavam engavetados há anos no Senado, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, conseguiu um feito e tanto. Na prática, uniu a nata da MPB a iniciativas do governo Dilma Rousseff. Dois meses atrás, numa semana em que a presidente estava especialmente cercada de problemas, a ministra levou ao gabinete do 3º andar do Palácio do Planato ninguém menos que Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Caetano Veloso, além de Carlinhos Brown e Fafá de Belém. Agora, Marta se fez acompanhar por Marisa Monte, Lenine e a influente Paula Lavigne na aprovação, por 61 votos a 4, da PEC da Música, na terça-feira 25, no Senado.\
Nos dois casos, a ministra usou de sua experiência como vice-presidente do Senado para acelerar a tramitação de projetos com reflexos diretos no rendimento comercial dos artistas e da cadeia produtiva ao redor.
Politicamente, não há como não se estabelecer uma conexão entre os artistas e o governo, até mesmo pelo gesto de terem ido a Brasília e posado para fotos oficiais. De longe, mesmo, está, até agora, o medalhão Chico Buarque – mas apenas fisicamente. Da Europa, na semana passada, ele prestou sua solidariedade ao deputado petista José Genoíno e declara sempre que perguntado seu voto a Dilma. Ele foi o primeirão, que agora, pela articulação de Marta, não está mais sozinho.
Politicamente, não há como não se estabelecer uma conexão entre os artistas e o governo, até mesmo pelo gesto de terem ido a Brasília e posado para fotos oficiais. De longe, mesmo, está, até agora, o medalhão Chico Buarque – mas apenas fisicamente. Da Europa, na semana passada, ele prestou sua solidariedade ao deputado petista José Genoíno e declara sempre que perguntado seu voto a Dilma. Ele foi o primeirão, que agora, pela articulação de Marta, não está mais sozinho.
Abaixo, notícia a respeito da aprovação da PEC do Senado:
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (24) a PEC da Música (PEC 123/2011), com 61 votos a favor e 4 contra. O texto isenta de impostos os CDs e DVDs com obras de artistas brasileiros. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, e um grupo de artistas acompanharam a votação no plenário da Casa e defenderam aprovação da proposta.
Apesar dos argumentos da bancada do Amazonas contra a proposta – segundo eles, a desoneração fiscal da produção musical é uma ameaça à indústria fonográfica e de vídeo instalada na Zona Franca de Manaus (ZFM) – a matéria foi aprovada sem emendas, rejeitadas pela maioria dos senadores. Dessa forma, a PEC poderá ser promulgada pelo Congresso Nacional, sem ter que voltar para a Câmara dos Deputados. A sessão solene para a promulgação foi convocada para o dia 1º de outubro.
Ao parabenizar os senadores, os artistas presentes e a ministra Marta, o senador Renan Calheiros enfatizou que o Senado tem priorizado a cultura.
Antes de ir ao Senado, a ministra se reuniu, no Ministério da Cultura (MinC), com os artistas Lenine, Marisa Monte, Paula Lavigne, Leo Neto, Xande Pilares, Ana Barroso e Pedro Tourinho.
Apesar dos argumentos da bancada do Amazonas contra a proposta – segundo eles, a desoneração fiscal da produção musical é uma ameaça à indústria fonográfica e de vídeo instalada na Zona Franca de Manaus (ZFM) – a matéria foi aprovada sem emendas, rejeitadas pela maioria dos senadores. Dessa forma, a PEC poderá ser promulgada pelo Congresso Nacional, sem ter que voltar para a Câmara dos Deputados. A sessão solene para a promulgação foi convocada para o dia 1º de outubro.
Ao parabenizar os senadores, os artistas presentes e a ministra Marta, o senador Renan Calheiros enfatizou que o Senado tem priorizado a cultura.
Antes de ir ao Senado, a ministra se reuniu, no Ministério da Cultura (MinC), com os artistas Lenine, Marisa Monte, Paula Lavigne, Leo Neto, Xande Pilares, Ana Barroso e Pedro Tourinho.
"Com a aprovação da PEC, os artistas e músicos brasileiros saem ganhando. Há uma equiparação à isenção que o livro tem. É muito justo e terá um impacto muito grande na produção cultural e musical do país", declarou a ministra Marta Suplicy.
Marta e o grupo de artistas também se encontraram com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ele ressaltou que a ministra Marta lutou muito para essa aprovação da PEC, desde o início. O texto tramita no Congresso desde 2007.
Marta e o grupo de artistas também se encontraram com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ele ressaltou que a ministra Marta lutou muito para essa aprovação da PEC, desde o início. O texto tramita no Congresso desde 2007.
A proposta já havia sido aprovada em primeiro turno no dia 11 de setembro em placar apertado, com 50 votos a favor, 4 contra e uma abstenção — para aprovação de PEC é necessário um mínimo de 49 votos favoráveis.
"A certeza que a gente tem é que toda a cadeia sai beneficiada. Não é só o autor, nem só a indústria, mas principalmente lá no final, há a possibilidade real do barateamento do produto, em até 30%. Isso é benéfico", comemorou o cantor e compositor Lenine.
A PEC da Música terá como benefícios a equiparação tributária entre a produção musical brasileira e a de outros produtos culturais, como livros e revistas. A música vendida na web e nos celulares também ficará mais barata, acompanhando as mudanças tecnológicas atuais.
A cantora e compositora Marisa Monte explicou que com a aprovação da PEC a produção brasileira será incentivada: "Haverá uma equiparação do artista estrangeiro ao brasileiro, pois atualmente os estrangeiros têm mais benefícios fiscais do que um brasileiro" .
Isso também deve estimular o aparecimento de mais empresas distribuidoras de discos e plataformas digitais. Assim, os cantores e produtores musicais não precisarão fazer contratos com grandes indústrias, fortalecendo a produção independente.
Atualmente, as empresas não fazem investimento no setor porque o custo é muito alto e os lucros são baixos. Com a isenção do ICMS e IPI, proposta pela PEC da Música, esse cenário mudará.