sexta-feira, 25 de outubro de 2013

(Imagem: www.linhadireta.org.br)

Em um eventual segundo turno, pesquisa mostra que Dilma também venceria todos os seus adversários


A presidenta Dilma Rousseff alcançou nesta quinta-feira (24) seu melhor desempenho em pesquisas de intenção de voto desde as manifestações de junho.
Segundo o Ibope, em levantamento feito para um jornal e uma emissora de TV, a petista teria chances de se reeleger ainda no primeiro turno, se a eleição fosse hoje, levando-se em conta qualquer das possibilidades de candidaturas adversárias: Aécio Neves ou José Serra (PSDB), Marina Silva ou Eduardo Campos (PSB).
Dilma tem entre 39% e 41% das intenções de voto, mais do que a soma dos adversários, em três dos quatro cenários simulados pelo instituto. Em apenas um, com Serra e Marina na disputa, a petista supera a soma dos demais adversários mas dentro de uma situação de empate técnico (39% a 37%).
Intenção de voto para presidente
Dilma chega a 41% contra Aécio e Eduardo Campos. O tucano atinge 14%, e o governador de Pernambuco, 10%. Com Marina no lugar de Campos, o PSB vai a 21%, mas Dilma oscila pouco, dentro da margem de erro, de 41% para 39%. Idem Aécio, de 14% para 13%.
Com Dilma (40%), José Serra (18%) e Campos (10%), a dianteira da petista sobre os dois vai a 12 pontos porcentuais.
Em um eventual segundo turno, Dilma venceria todos. Contra Marina, por 42% a 29%. Com Campos, 45% a 18% . Venceria também Aécio por 47% a 19%, e Serra, por 44% a 23%.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios, entre 17 e 21 de outubro. A margem de erro é de mais ou menos dois pontos.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Serra, claro, critica o leilão. Não vai dar para cumprir o prometido à Chevron

O ex-governador José Serra atacou violentamente o leilão do campo de Libra. Nada mais esperado. Afinal, Serra prometeu à senhora Patrícia Pradal, dirigente da petroleira americana Chevron, fazer o pré-sal retornar ao modelo de concessão de Fernando Henrique Cardoso, segundo revelou a Folha, a partir de telegramas secretos da embaixada americana obtidos pelo Wikileaks: Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem.
As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama. Serra, como se viu no caso do documento em que prometia cumprir o mandato de prefeito até o final, é um homem de palavra. Gosta de prometer e não cumprir. O tucano, que entende do assunto, classificou como cartel a ausência de concorrentes no leilão e disse que o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em cadeia de TV e rádio teve objetivo apenas “publicitário”. O mais curioso é que, apesar de dizer isso, afirmou que ”refez as contas apresentadas pela presidente Dilma Rousseff sobre as receitas da exploração do petróleo e que o percentual cai de 85% para 75%”. Qual é o escândalo, já que a Presidenta disse exatamente isso, que eram 75% para a União e 10% para a Petrobras? O que Serra não disse – e não pode dizer – é que o modelo de Fernando Henrique daria um valor pelo menos 15% menor ao Governo Brasileiro. E 15% em um trilhão de dólares são a bagatela de R$ 330 bilhões. Mas é bom que Serra – que foi, nas palavras do próprio FHC, o grande privatizador da Vale – tenha falado. Assim, esclarece o povo brasileiro. Que sabe a quem ele defende.
O marinês

O articulista Denis Lerrer Rosenfield, professor de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, decidiu esmiuçar as ideias da ex-senadora Marina Silva para investigar quais seriam suas consequências práticas. Na sua visão, os "sonháticos" têm potencial para transformar o Brasil num país de "pesadeláticos". Leia abaixo:
 
O marinês

Denis Lerrer Rosenfield*
O marinês é uma nova língua política que se caracteriza por abstrações e fórmulas vagas com o intuito de capturar o apoio dos incautos. Suas expressões aparentemente nada significam, porém procuram suscitar a simpatia de pessoas que aderem ao politicamente correto. Mas só aparentemente nada significam, pois carregam toda uma bagagem teórica que, se aplicada, faria do Brasil um país não de sonháticos, mas de pesadeláticos.
Marina Silva ganhou imenso protagonismo nas últimas semanas ao ingressar no PSB do governador Eduardo Campos, fazendo um movimento político inusitado. Ao, aparentemente, aderir ao candidato socialista acabou roubando para ela a cena política, como se fosse, de fato, a protagonista. De segunda posição, a de vice, age como se encarnasse a primeira, de candidata a presidente.
No afã de ganhar espaço midiático, não cessa de dar entrevistas e declarações: num único dia conseguiu o prodígio de ser entrevistada pelos maiores jornais do País, Estadão, O Globo e Folha de S.Paulo, que fizeram manchetes dessas declarações. Nada disse, porém não parava de falar. Vejamos algumas dessas expressões, sob a forma de um dicionário explicativo.
Coligação ou aliança programática - eis uma fórmula das mais utilizadas. Numa primeira abordagem, significaria uma aliança de novo tipo, baseada em programas, e não mais em acordos meramente pragmáticos. Seu objetivo é mostrar que as ideias são prioritárias, não os meros interesses partidários.
Acontece que um escrutínio mais atento dessas ideias mostra uma concepção extremamente conservadora da relação homem-natureza, devendo ele abandonar a "civilização" do "lucro" e do "consumo" e voltar à floresta. É como se o homem atual fosse uma espécie de excrescência natural. A natureza é endeusada sob a forma de um neopanteísmo, como se mexer numa árvore constituísse uma agressão a algo sagrado.
Se há desmatamento é porque os seres humanos precisam alimentar-se, e não por simples ímpeto destrutivo. O Brasil, lembremos, é o país mais conservacionista do planeta: preservou 61% de sua cobertura natural nativa, além de mais de 80% da Amazônia. A oposição de Marina à agricultura e à pecuária, se viesse a ser governo, se traduziria por um imenso prejuízo para o País, hoje celeiro do mundo. A candidata, quando ministra do Meio Ambiente, mostrou-se claramente avessa ao progresso, procurando, por exemplo, de todas as formas tornar inviável não só a comercialização dos transgênicos, mas a própria pesquisa. Ou seja, ela se colocou contra o conhecimento científico. O "novo" significa aqui opor-se ao progresso da ciência e ao desenvolvimento econômico. O alegado "princípio da precaução" era nada mais do que o "princípio da obstrução".
Digna de nota também é sua concepção dos indígenas, como se seus direitos se sobrepusessem a quaisquer outros. Ela tem uma aversão intrínseca ao direito de propriedade, não se importando nem com os agricultores familiares e os pequenos produtores. Justifica pura e simplesmente sua expropriação, devendo eles ser abandonados. Ademais, seguindo suas ideias, os indígenas deveriam ser consultados - na verdade, decidiriam - sobre quaisquer projetos em áreas próximas às deles ou sobre as quais tenham pretensões de direito.
Convém lembrar que o País tem, segundo o IBGE, uma população indígena, em zona rural, em torno de 530 mil pessoas (um bairro de São Paulo), à qual se acrescentam outras 300 mil em zona urbana. Já ocupam 12,5% do território nacional. Ora, se todas as pretensões de ONGs indigenistas fossem contempladas, com o apoio militante da Funai, chegar-se-ia facilmente a 25% do território. Nem haveria índios para ocupar toda essa vasta extensão de terra.
Acrescentem-se regras cada vez mais restritivas em relação ao meio ambiente - algumas das quais, até o novo Código Florestal, que ela procura reverter, tinham o efeito totalitário da retroatividade - e outras aplicações em curso de quilombolas e populações ribeirinhas, os "povos da floresta", no marinês, para que tenhamos as seguintes consequências: 1) O País não poderia mais construir hidrelétricas na Amazônia, impedindo a utilização nacional dos recursos hídricos. A oposição à hidrelétrica de Belo Monte é um exemplo disso. 2) Ficaria cada vez mais difícil a extração de minérios, impossibilitando a exploração de jazidas, o que produziria um enorme retrocesso econômico e social. 3) A construção de portos e rodovias se tornaria inviável em boa parte do território nacional, quando se tem imensas carências nessas áreas. 4) A construção civil seria outra de suas vítimas. 5) A agricultura e a pecuária e de modo geral o agronegócio, os motores do desenvolvimento econômico, seriam os novos bodes expiatórios.
Democratizar a democracia - eis outra expressão muito bonita que encobre sua função essencial. Trata-se, na verdade, de instituir formas de consulta que confeririam poder decisório aos ditos movimentos sociais, que compartilham as "ideias" marinistas. Assim, para qualquer projeto seria necessário fazer consultas às seguintes entidades (a lista não é exaustiva): Comissão Indigenista Missionária e Comissão Pastoral da Terra, órgãos esquerdizantes da Igreja Católica, que seguem a orientação da Teologia da Libertação, avessa ao lucro, à economia de mercado e ao estado de direito; MST e afins, como a Via Campesina e outros, que seguem a mesma orientação esquerdizante, propugnando a implementação no Brasil dos modelos chavista e cubano; ONGs nacionais e internacionais (algumas delas financiadas por Estados e empresas estrangeiros), como o Greenpeace e o Instituto Socioambiental, que passariam a decidir igualmente sobre os diferentes setores listados da economia nacional.
Palavras muitas vezes encobrem significados inusitados, sobretudo dos que se dizem puros, não contaminados pela política.

O TREM ENROLADO.



Edição/247 Fotos: Reprodução | Divulgação | Folhapress:


José Luiz Alquéres, que foi presidente da multinacional francesa no Brasil, é citado em documentos enviados por procuradores da Suíça ao Brasil; num deles, recomenda que a empresa use os serviços do lobista Arthur Gomes Teixeira, apontado como pagador de propinas pelo MP; numa mensagem interna, transmite aos chefes na França a informação que a Alstom cresceria no Brasil. "Temos um longo histórico de cooperação com as autoridades do Estado de São Paulo, onde fica localizada nossa planta", escreveu. "O novo prefeito recém-eleito participa das negociações que vão nos permitir a reabertura da Mafersa como Alstom Lapa. O atual governador também participa", disse ele, referindo-se a José Serra e Geraldo Alckmin; com Alquéres e os contratos em São Paulo, Alstom cresceu como um foguete 

sábado, 19 de outubro de 2013

Lula critica Aécio Neves por falar mal do Brasil no exterior

Lula e o ator Paulo Betti no lançamento do Mapa Estratégico do Comércio - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Ex-presidente falou sobre os avanços do Brasil nos últimos anos e da relação deles com o desenvolvimento do comércio durante lançamento do Mapa Estratégico do Comércio


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou as críticas feitas pelo candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, em Nova York, de que a economia brasileira não era confiável. “Eu sei que tem gente que vai lá fora e fala que a economia brasileira não está bem, mas qual é a economia do mundo que está melhor do que a nossa? Não tem nenhuma”, disse Lula durante evento promovido pela Fecomércio na quinta-feira (17/10), no Rio de Janeiro.
O evento em que Aécio Neves fez as críticas foi um seminário organizado pelo Banco Pactual, do empresário André Esteves e do tucano Persio Arida, para investidores dos Estados Unidos.
Lula da Silva falou sobre os avanços do Brasil nos últimos anos e da relação deles com o desenvolvimento do comércio. Ele participou do lançamento do Mapa Estratégico do Comércio. O mapa, que foi feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, tem como um de seus objetivos identificar as demandas do segmento comercial e sugerir propostas e ação para o setor no período de 2014 a 2020.
Lula lembrou que “quando você dá um milhão de reais a uma pessoa, ela coloca no banco e vive de juros. Se você divide esse um milhão para muitas pessoas, no dia seguinte eles estão no mercado, no armazém comprando. Isso é uma alavanca para a economia”. O ex-presidente contou que, nos últimos dez anos, a renda geral dos brasileiros cresceu 35%, enquanto a dos pobres cresceu 66%.
“O setor de comércio é testemunha privilegiada e parte essencial do modelo de desenvolvimento com inclusão social, que está transformando o Brasil”, afirmou Lula. Um dos exemplos citados por ele foi o programa Luz para Todos, que já atendeu mais de 3 milhões de famílias. Dos beneficiários do programa, 80% compraram televisão, 45% compraram aparelho de som e 73% compraram geladeira.
O ex-presidente também lembrou a aprovação da lei das micro e pequenas empresas, a criação do supersimples e do microempreendedor individual como grandes avanços para o setor de comércio nos últimos anos.
(PT na Câmara)
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BOATOS CONTRA LULINHA

IFHC NA MIRA POLICIAL DOS BOATOS CONTRA LULINHA

Edição/247 Fotos: Divulgação / Reprodução:
Site Observador Político tem grupo de discussão criado desde 18 de abril sobre falsa compra de fazenda de R$ 47 milhões por Fabio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula; página virtual com 31,1 mil seguidores no Facebook pertence ao Instituto Fernando Henrique Cardoso; coordenação é atribuída a Daniel Graziano, diretor da ONG que tem como figura central o ex-presidente tucano; polícia quer saber motivação para propagação da injúria e difamação.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

GOVERNADOR VALADARES: Benefício de Prestação Continuada beneficia mais de 6 mil em Valadares



O benefício assegura a transferência mensal de um salário mínimo a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência incapacitadas para a vida independente e para o trabalho



Danielle Cristina Coelho Pinheiro, 32 anos, é uma das mais de 6,6 mil pessoas em Governador Valadares que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), do governo federal, no valor de um salário mínimo. Além do BPC, a família conta apenas com o Bolsa Família para garantir a renda mensal de R$ 778,00. Danielle não pode trabalhar fora porque precisa cuidar dos dois filhos especiais, de 4 e 8 anos, que têm diagnósticos de autismo e déficit de atenção, respectivamente.



A situação permitiu a Danielle receber o BPC, que é concedido a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência incapacitadas para a vida independente e para o trabalho, e que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção. O benefício assegura aos beneficiários uma transferência mensal de um salário mínimo. Para requerer, é preciso, no entanto, estar inscrito no Cadastro Único (CADÚNICO) do governo federal, que dá acesso também a outros programas e benefícios sociais.



A assistente social do BPC em Valadares Maria Cristina Gomes da Silva destaca que, para requerer o benefício, a própria pessoa deve procurar a Casa da Família, que receberá toda informação e apoio necessários.  “Para ter acesso ao BPC não é preciso intermediários e nem a comprovação de qualquer contribuição com a Previdência Social. As pessoas que se enquadram nos critérios de beneficiário devem procurar diretamente a Casa da Família, da Secretaria Municipal de Assistência Social, para que possam receber todo apoio e orientação sobre o requerimento do benefício gratuitamente e para que possa também se inscrever no Cadastro Único (CADÚNICO) do governo federal para que tenha acesso a outros programas e benefícios sociais”, explicou. Maria Cristina Gomes informou ainda que, para informações sobre o BPC, os interessados podem procurar também o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo de sua residência. 



Como requerer o BPC em Valadares


• A Prefeitura de Valadares, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, mantém um setor exclusivo para atendimento aos requerentes do BPC. Os interessados em requerer o benefício devem se dirigir a esse setor, das 12 às 18h, que funciona na Casa da Família, na Rua Afonso Pena, 2270 – Centro. 


• Para informações e apoio ao requerimento do BPC, os interessados podem procurar também os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) do Município. 


• A agência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) é o órgão responsável pelo recebimento do requerimento e pelo reconhecimento do direito ao BPC. Em razão disso, o requerente com deficiência deve passar por avaliação da incapacidade para a vida independente e para o trabalho, realizada por perícia médica e por assistente social do INSS.


• IMPORTANTE: Para ter acesso ao BPC não é preciso atravessadores ou intermediários, nem autorização de ente político. A pessoa com mais de 65 anos ou com deficiência pode ir diretamente à Casa da Família, da Secretaria Municipal de Assistência Social, ou ao CRAS mais próximo de sua residência e solicitar o benefício sem custos.



BPC/Legislação


O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) é assegurado pela Constituição Federal de 1988. O benefício foi regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742/93 e suas alterações e pelos Decretos nº 6.214/2007 e nº 6.564/2008. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e operacionalizado pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), o BPC é um benefício individual, não vitalício e intransferível. Constitui um direito de cidadania assegurado pela proteção social não contributiva da Seguridade Social, ou seja, não é necessário que a pessoa interessada em se tornar beneficiária tenha feito qualquer contribuição para a Previdência Social. 



O recurso financeiro do BPC é oriundo do orçamento da Seguridade Social e repassado ao INSS por meio do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).
José  Dirceu
JOSÉ DIRCEU
Andrea Matarazzo foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção passiva no inquérito que apura se, na década de 1990, a Alstom subornou políticos e servidores para obter vantagens em contratos com empresas do setor elétrico e de transporte
A cada nova revelação sobre o esquema de formação de cartel que atuou no Metrô e na CPTM, em diversas administrações tucanas no governo de São Paulo, fica evidente que estamos diante de uma das mais graves denúncias de corrupção de que se tem registro -- tanto pelo volume de recursos que foram desviados, segundo as investigações, quanto pelo envolvimento de autoridades públicas. Por isso, é preciso que a imprensa e a Justiça tratem o escândalo -- que voltou à tona após delação da Siemens, uma das principais integrantes do cartel -- de forma proporcional à sua dimensão, e não como um desvio de menor importância.
A revista "IstoÉ" trouxe novos detalhes sobre o esquema: a conexão franco-tucana. De acordo com as investigações da Polícia Federal e de procuradores, o propinoduto do PSDB que atuou na área de trens e metrô nos governos de Geraldo Alckmin e José Serra começou a ser desenhado ainda na gestão de Mario Covas, mas no setor de energia. Os investigadores apontam que a principal semelhança entre os esquemas, o que comprova sua interligação, é a forma como executivos da multinacional francesa Alstom pagavam propina a políticos e a pessoas com influência nos governos tucanos. Eles usavam empresas e contas bancárias em paraísos fiscais, consultorias de fachada e fundações -- triangulações para apagar os rastros do dinheiro.
Mesmo antes dessa revelação, a gravidade e a extensão do propinoduto já estavam bem claras. A estimativa da PF e dos procuradores é de desvios da ordem de R$ 425 milhões de dinheiro público. Um absurdo. Mas também absurdo foi o tratamento que a investigação recebeu da grande imprensa. Com exceção da "IstoÉ", que em uma série de reportagens conseguiu expor a rede de interesses políticos que se beneficiou do propinoduto, os outros órgãos de comunicação se revelaram cínicos ou excessivamente tímidos na abordagem do caso.
Mal registraram a existência da investigação e só o fizeram quando forçados pelos fatos. Mas, ainda assim, dando mais espaço às insuficientes explicações do governo paulista do que às acusações em si. Os tímidos publicaram reportagens com revelações importantes sobre o esquema tucano, para que, à primeira vista, parecesse que estão cumprindo seu papel. Mas falharam em mostrar que esse escândalo não é apenas mais um episódio de corrupção descoberto Brasil afora. Ao que tudo indica, foi um dos maiores e um dos mais duradouros, tendo ocorrido no Estado mais rico do país, governado há 20 anos pelo PSDB.
O caso ainda está sob investigação? Sim, ninguém está pedindo uma condenação antecipada, como a mídia fez tantas vezes em relação a outros políticos e partidos. Mas não é por isso que não deve ser destacado que o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), ex-secretário estadual de Energia, foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção passiva no inquérito que apura se, na década de 1990, a Alstom subornou políticos e servidores para obter vantagens em contratos com empresas do setor elétrico e de transporte controladas pelo governo paulista.
Indiciar significa acusar formalmente. Dar o devido destaque a essa notícia não é o mesmo que condenar antecipadamente o tucano. É reservar à notícia o espaço proporcional à sua importância no debate público. A mesma importância, aliás, que merece o registro de que Matarazzo e outros dez indiciados no mesmo caso tiverem o sigilo bancário quebrado por decisão da Justiça, para apurar se eles mantiveram contas bancárias no exterior entre 1997 e 2000.
Os órgãos de investigação estão cientes da gravidade do escândalo que têm em mãos. Resta saber se a imprensa vai acordar -- e ver como a Justiça vai se comportar quando as apurações estiverem concluídas. Cabe a essas instituições garantir que um escândalo de tal magnitude não fique impune.
José Dirceu, 67, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT

MINHA CASA MINHA VIDA

Minha Casa, Minha Vida entregou moradias a 4,2 milhões de brasileiros até abril deste ano
Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, apresenta o sétimo balanço da segunda fase do PAC (Foto: Antônio Cruz/ABr)

O financiamento habitacional corresponde a 32% dos R$ 557,4 bilhões em investimentos de infraestrutura logística, social e urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) até junho de 2013.


Desde 2011, foram contratados R$ 178,7 bilhões para aquisição, reforma ou construção de novas moradias. Segundo o governo, que apresentou hoje (10) o sétimo balanço do PAC 2, o valor é 35% maior que o previsto para o período e beneficiou mais de 1 milhão de famílias.
Dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida foram entregues 1,2 milhão de moradias até abril de 2013, para 4,2 milhões de brasileiros. De acordo com o governo, mais de 1,5 milhão de unidades habitacionais foram contratadas e, até 2014, a previsão é que 2,4 milhões de moradias sejam contratadas em todo o país.
O PAC 2 contratou 470 projetos na área de urbanização de assentamentos precários, atendendo a 566 mil famílias de 374 municípios, com investimentos de R$ 8,9 bilhões. Desse total, 34% já estão em obras. Entre 2007 e 2009, foram contratadas 3.309 empreendimentos, ao custo de R$ 19,6 bilhões, com 61% de execução.
No Eixo Água e Luz para Todos, o PAC 2 resultou em 390 mil ligações de luz elétrica, atendendo a 1,56 milhão de pessoas que vivem no campo, em assentamentos da reforma agrária, aldeias indígenas, comunidades quilombolas e ribeirinhas. De acordo com o governo, quase 40% dessas pessoas são beneficiárias do Programa Brasil Sem Miséria.
Nas áreas urbanas, o programa selecionou, desde 2011, 713 empreendimentos para execução de obras de abastecimento. De acordo com o balanço apresentado hoje, o valor total de investimentos chegará a R$ 9,7 bilhões e 41% dos projetos estão contratados. Ao todo, serão beneficiados 625 municípios de 26 estados e o Distrito Federal.
O PAC Prevenção contratou 85% dos R$ 2,7 bilhões em 188 empreendimentos voltados ao abastecimento de água nos dez estados afetados pelos efeitos da estiagem. As obras serão executadas em parceria com estados e municípios.
Dentro do Eixo Comunidade Cidadã, que prevê investimentos em áreas sociais, como saúde, educação, esporte, cultura e lazer destinados à população dos centro urbanos, foi contratada a construção ou ampliação de 7.557 unidades básicas de Saúde em 2.776 municípios de todos os estados, ao custo de R$ 1,1 bilhão. Cerca de 15% das obras já foram concluídas e 28% estão em andamento. Com R$ 469 milhões investidos, também foram contratadas 269 unidades de Pronto-Atendimento, que, segundo o governo, oferecerão serviços de saúde a 33 milhões de pessoas.
O PAC 2 contratou a construção de 3.123 creches e pré-escolas em 1.606 municípios de todos os estados, com investimentos de R$ 3,6 bilhões. Metade das obras está em andamento ou concluída. Com o término da construção de todas as creches, a estimativa é que meio milhão de crianças sejam atendidas. A previsão para a conclusão das obras é 30 meses para cada unidade e a maioria delas deve ficar pronta no próximo ano. O governo informou que trabalha para a redução desse prazo. A construção de creches e escolas é uma das principais bandeiras da presidenta Dilma Rousseff na área de educação.
A construção de quadras esportivas escolares conta com investimentos de R$ 1,7 bilhão em 4.574 obras localizadas em 1.731 municípios de 26 estados. As quadras devem beneficiar 3,6 milhões de alunos.
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Vox Populi: Dilma mantém liderança e pode vencer no 1º turnoPresidenta Dilma Rousseff (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Segundo o levantamento, em um eventual segundo turno Dilma também venceria qualquer um dos quatro principais postulantes ao cargo


A nova rodada da pesquisa Vox Populi/CartaCapital para as eleições presidenciais mostrou que a presidenta Dilma Rousseff (PT) segue líder nas intenções de voto e mantém a possibilidade de vencer no 1º turno em todos os cenários possíveis para 2014.
Segundo o levantamento, em um eventual segundo turno Dilma venceria qualquer um dos quatro principais postulantes ao cargo: os tucanos Aécio Neves e José Serra e Marina Silva e Eduardo Campos, agora juntos no PSB.
Por causa da permanência de Serra no PSDB e à ida de Marina para o PSB, os quatro cenários de primeiro turno pesquisados pelo Vox Populi têm apenas três candidatos. A variação da intenção de voto em Dilma fica sempre na margem de erro (confira os resultados em detalhes). Ela tem 43% num cenário com Aécio Neves e Eduardo Campos na disputa; 42% com Serra e Eduardo Campos; e 41% nos quadros com Marina e Aécio e com Marina e Serra.
Nos dois primeiros cenários, em que o nome do PSB é o do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Dilma venceria no primeiro turno, segundo o Vox Populi. Nos outros dois, com a ex-senadora Marina Silva no lugar de Campos, poderia haver segundo turno, pois a diferença entre os votos na presidenta e a soma dos outros dois competidores fica dentro da margem de erro da pesquisa.
No segundo turno, Dilma teria margens folgadas de vitória se as eleições fossem hoje. Quem se sairia melhor é Marina Silva. Neste caso, a diferença seria de 15 pontos (46% a 31%); Aécio Neves e José Serra perderiam por uma diferença de 20 pontos percentuais. Campos teria o pior desempenho, 25 pontos atrás da petista. Nos quatro cenários, a quantidade de eleitores indecisos varia entre 7% e 10%.
A pesquisa Vox Populi/CartaCapital entrevistou 2,2 mil eleitores em 179 municípios entre 11 e 13 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

DILMA SE REELEGERIA NO PRIMEIRO TURNO

Dilma 41%, Tucarina 21%

Quem manda os pesquiseiros levarem as falhas do Data a sério?
O ansioso blogueiro tem informação que deixa a Dataflha em falha flagrante.
Respeitável instituto de pesquisa foi às ruas na mesma época do Datafalha.
Ou seja, num ambiente inundado pela enxurrada de mídia que cercou a entrada da Tucarina no verde-privatismo- socialismo do Dudu.
Mesmo assim, acredita-se que o Jornal da Record mostrará nesta terça-feira que, mesmo num cenário com Tucarina e Padim Pade Cerra, Dilma se reelegeria no 1o. turno.
Mais não se conta para não atrapalhar o Celso e a Adriana, no JR …
 Quem manda os pesquiseiros levarem as falhas do Data a sério ?