quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Serra, claro, critica o leilão. Não vai dar para cumprir o prometido à Chevron

O ex-governador José Serra atacou violentamente o leilão do campo de Libra. Nada mais esperado. Afinal, Serra prometeu à senhora Patrícia Pradal, dirigente da petroleira americana Chevron, fazer o pré-sal retornar ao modelo de concessão de Fernando Henrique Cardoso, segundo revelou a Folha, a partir de telegramas secretos da embaixada americana obtidos pelo Wikileaks: Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem.
As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama. Serra, como se viu no caso do documento em que prometia cumprir o mandato de prefeito até o final, é um homem de palavra. Gosta de prometer e não cumprir. O tucano, que entende do assunto, classificou como cartel a ausência de concorrentes no leilão e disse que o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em cadeia de TV e rádio teve objetivo apenas “publicitário”. O mais curioso é que, apesar de dizer isso, afirmou que ”refez as contas apresentadas pela presidente Dilma Rousseff sobre as receitas da exploração do petróleo e que o percentual cai de 85% para 75%”. Qual é o escândalo, já que a Presidenta disse exatamente isso, que eram 75% para a União e 10% para a Petrobras? O que Serra não disse – e não pode dizer – é que o modelo de Fernando Henrique daria um valor pelo menos 15% menor ao Governo Brasileiro. E 15% em um trilhão de dólares são a bagatela de R$ 330 bilhões. Mas é bom que Serra – que foi, nas palavras do próprio FHC, o grande privatizador da Vale – tenha falado. Assim, esclarece o povo brasileiro. Que sabe a quem ele defende.

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