Mídia ajuda Alckmin espalhando lorota do volume morto
- Criado: Sábado, 17 Maio 2014 17:14
- Escrito por Rodrigo Penna
A conta do Ensino Fundamental com relação à porcentagem está infantilmente equivocada. Tomara não seja má fé pura e simples. Conforme já mostrou o Tijolaço, a Sabesp divulgou 18,5% (~182,5÷974) e nossa incompetente mídia somou 18,5 com os 8,2% que havia no sistema antes encontrando 26,7%. Porém, a conta correta incorpora como água aproveitável os 182,5 bilhões de litros ao sistema, somados aos 974 bilhões teoricamente utilizáveis que lá havia. Logo, a nova capacidade seria 974 + 182,5 = 1156,5. 182,5 ÷ 1156,5 = 15,7% a mais e, somado à água que tinha lá, hoje o sistema teria 22,1% segundo a própria Agência Nacional de Águas – ANA. Note o erro propagado pelos “ventríloquos” da mídia nas manchetes acima.
Além disto, a Sabesp dizer que incorporar ao cálculo a água morta “fará com que o nível do sistema suba” é simplesmente uma mentira deslavada. A água continua no mesmo lugar, aliás, baixando. É o mesmo que dizer que a cobertura de um prédio que ficava a 60 m do chão agora fica a 870 m acima do nível do mar. Ora bolas: nada mudou. Esta maquiagem nos números, que se fosse feita pelo PT a mídia acusaria de “contabilidade criativa”, só serve para passar a impressão de que a situação ficou menos catastrófica. Até umcolunista do Estadão criticou.
A mídia lambe-botas dos tucanos usou até Ana Maria ‘Tomate’ Braga para pedir economia de água, como se fosse culpa da população. Os apresentadores amestrados do ‘Mal Dia Brasil’, da Globo, fizeram um esforço danado para louvar a inauguração de uma gambiarra e a qualidade da água morta. Mas escondem a mesma crise em 2001 e em 2004. Inclusive com as mesmas estratégias de bônus e de evitar racionamento declarado. Com os mesmos personagens de bico grande.
Para minha surpresa, a ANA concordou em mudar o referencial do nível do Cantareira. Assim, a Sabesp foi autorizada a captar água 5,8 m mais fundo no volume morto do Jaguari/Jacareí, acrescentando mais 104,33 bilhões de litros disponíveis no maior reservatório do Cantareira. Em Atibainha, a cota foi rebaixada em 4,88 m e está autorizada a retirada ali de mais 78,14 bilhões de litros do volume morto, perfazendo os 182,5 bilhões de litros divulgados por Alckmin. Como e por que a ANA concordou em mudar "o zero" do sistema por uma gambiarra de R$ 80 milhões que, inclusive, será inundada se chover muito e a água subir, aí, são mistérios.
A mídia lambe-botas dos tucanos usou até Ana Maria ‘Tomate’ Braga para pedir economia de água, como se fosse culpa da população. Os apresentadores amestrados do ‘Mal Dia Brasil’, da Globo, fizeram um esforço danado para louvar a inauguração de uma gambiarra e a qualidade da água morta. Mas escondem a mesma crise em 2001 e em 2004. Inclusive com as mesmas estratégias de bônus e de evitar racionamento declarado. Com os mesmos personagens de bico grande.
Para minha surpresa, a ANA concordou em mudar o referencial do nível do Cantareira. Assim, a Sabesp foi autorizada a captar água 5,8 m mais fundo no volume morto do Jaguari/Jacareí, acrescentando mais 104,33 bilhões de litros disponíveis no maior reservatório do Cantareira. Em Atibainha, a cota foi rebaixada em 4,88 m e está autorizada a retirada ali de mais 78,14 bilhões de litros do volume morto, perfazendo os 182,5 bilhões de litros divulgados por Alckmin. Como e por que a ANA concordou em mudar "o zero" do sistema por uma gambiarra de R$ 80 milhões que, inclusive, será inundada se chover muito e a água subir, aí, são mistérios.
Outra coisa difícil de acreditar é que as 7 bombas mostradas em operação, embora haja mais canos, possam fornecer cerca de 20 metros cúbicos de água por segundo. Isto é o mínimo que se tira hoje já com muito esforço e economia. Fora a obra em Atibainha, que como a mídia não mostra, ninguém viu. Parece que as gambiarras precisam de upgrade para dar conta do recado.
A mídia e a Sabesp estão com seu mico para pagar. Explicando ao povo que cometeram um erro vergonhoso nas contas do Cantareira. Sem dados confiáveis e chovendo muito pouco como agora, se este tal volume morto acabar antes do final do ano, convenhamos, ninguém informado poderá dizer que foi surpresa. Não parece que tucanar os números, abaixando o zero de um gráfico, vá de alguma forma contribuir para resolver o problema.
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